A Bioeconomia Azul para o futuro que queremos
A Bioeconomia Azul para o futuro que queremos 30/01/2023 Depois de anos esquecido na agenda política internacional, o Oceano tem vindo a ocupar, nesta nova década, um lugar de relevo cada vez maior, merecido e exigido face à realidade planetária atual. A Agenda 2030 das Nações Unidas definiu um Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) dedicado especificamente ao Oceano. O ODS 14 é dedicado exclusivamente à conservação e uso sustentável do Oceano e deu o mote para uma nova era de estratégias, investimento, inovação e investigação numa área que nos é tão significativa. Mas o Oceano, com todas as suas atividades, é tão vasto e diverso que contribui para quase todos os ODS, de forma direta ou indireta. E esse reconhecimento global, da sua intrínseca relevância e potencial, tem vindo a aumentar exponencialmente na Europa, e em Portugal em particular, conduzindo a uma nova forma de desenvolvimento – mais sustentável e azul (e verde). O Plano Ecológico Europeu, a Estratégia do Prado ao Prato, ou ainda as Estratégias da Biodiversidade 2030 e da Bioeconomia são mais algumas das referências no plano Europeu onde o Oceano assume um papel de relevo. Em Portugal, a mais recente Estratégia Nacional para o Mar 2021-2030 (ENM2021-2030) é o instrumento de excelência da política pública para a gestão de um dos maiores ativos do país. Nesta nova versão, a saúde do ecossistema marinho surge como o pilar basilar para um desenvolvimento económico, social e ambiental de Portugal com os olhos postos num futuro que se deseja mais sustentável, e assente em conhecimento científico como mecanismo central de apoio à decisão. Mas arrisco a dizer que poucos portugueses conhecem verdadeiramente o Mar português em todas as suas dimensões e usos. E menos ainda são os que sabem qual o real valor do Mar hoje para Portugal e … Continue reading “A Bioeconomia Azul para o futuro que queremos”