A Marinha Mercante Nacional
A Marinha Mercante Nacional 30-06-2021 Este singelo “depoimento” é, naturalmente, subjectivo, mas traduz o sentimento fruto de muitos anos de formação, experiência e sobretudo vivência no que o título documenta, e que parafraseando o Comandante da Armada António Pereira de Matos, que foi o grande impulsionador e timoneiro da Liga Naval Portuguesa, que a nossa Confraria Marítima em boa hora integrou, leva a afirmar que, a Marinha Mercante Portuguesa, chegou ao “zero absoluto”. Vem o título, propositadamente e a propósito, enfatizar a razão da designação Nacional, tão ao gosto do Estado Novo, em que não só no Estado, mas também nos empreendedores privados, se perseguia uma ideologia nacional, a qual recorrentemente incluía o adjectivo na sua própria designação comercial (Companhia Nacional de Navegação, Fábrica Nacional de Cordoaria, Fábrica Nacional de Sabões, Bolachas Nacional, etc.) e que tinha como objectivo estimular o caracter da produção e consumo a um todo território unido sob as mesmas Língua, História e Bandeira, e que se pretendia ser uno e continuado e indivisível. Foi assim que o ressurgimento da Marinha Mercante Nacional foi feito, maioritariamente pelo Estado, mas com a grande e imprescindível participação dos privados que a ela estavam ligados. E isto porque a Marinha Mercante foi reerguida estrutural e economicamente para uma realidade Nacional que compreendia muito bem o Portugal Continental, Insular e Ultramarino e compreendia muito mal a competitividade e o mercado do transporte marítimo internacional. Deveremos ser justos com algumas empresas que, com maior alcance e alicerçadas nos grupos que integravam, como foi o caso do armador Sociedade Geral, integrante do mundo CUF – Companhia União Fabril, já nos idos anos 50 e 60 do século XX estabeleciam carreiras internacionais, escalando regularmente portos do Norte da Europa e Estados Unidos, não só para descarga de produtos ultramarinos, carreira que nunca menosprezaram, … Continue reading “A Marinha Mercante Nacional”