Infante, o Navegador do futuro
Infante, o Navegador do futuro 30/04/2022 O Infante D. Henrique é uma das maiores figuras de Portugal, da nossa História e da nossa natureza e identidade. Não sendo o fundador – título que pertence ao nosso grande rei D. Afonso Henriques, o Infante é o grande abridor da nossa alma e o definidor da nossa identidade. Foi o quarto filho de D. João I e D. Filipa de Lencastre, outros grandes reis de Portugal, emergentes vitoriosos da crise do interregno e pais de grandes figuras. Importa recordar, brevemente, esses sete irmãos da justamente chamada Ínclita Geração: D. Afonso (que morreu novo, com 10 anos), D. Duarte (que sucederia ao pai, como rei), D. Pedro (Duque de Coimbra, o das Sete Partidas do Mundo, muito viajado e conhecedor do mundo da época, com grande cultura e ilustração), D. Henrique (o nosso Infante, Duque de Viseu), D. Isabel (que seria Duquesa da Borgonha), D. João (Condestável do Reino, após D. Nuno Álvares Pereira) e D. Fernando (o Infante Santo, que morreu cativo em Fez). O Infante D. Henrique é com justiça, ali em Belém das caravelas, a figura que encabeça os 33 notáveis que estão representados no monumental Padrão dos Descobrimentos, em cima do Tejo, na capital do país. O que ele iniciou, orientou e desenvolveu, não tem par na História de Portugal, marcou quase seis séculos da nossa existência como país (se os contarmos desde Ceuta, em 1415) e deixou uma marca que definiu e moldou para o futuro a nossa identidade como cultura e como alma, como povo e como nação. Os caminhos que ele abriu – e os laços que permitiu estabelecerem-se – nunca mais se apagarão. Hoje, olhando para trás e olhando também para dentro de nós, não conseguimos sequer imaginar como poderíamos ser diferentes. Ficámos marcados, fomos … Continue reading “Infante, o Navegador do futuro”